La Guzla : O vampiro
Nos pântanos de Stávilla
Onde o sangue fervilhava,
Vê aquele cadáver?
Não é um filho da Iliria,
É um bandoleiro cheio de ira
Que enganando a doce Maria,
Dizimava, urdia, queimava .
Uma bala atravessou o coração
Do bandoleiro, qual um furação.
Em sua garganta, vê-se um iatagã,
Mas há três dias, ó mistério!
Sob o pinheiro ermo e funéreo
Seu tépido sangue irrigava a terra
E escurece o pálido Ovigan.
Seu olho azul para sempre acendeu
Fujamos todos! Infeliz do sandeu
Que atravessa o pântano ao léu,
É um vampiro! O lobo pardacento
Afastou-se do cadáver pestilento,
E, no cume calvo e atento,
O funebre vampiro se escondeu .
Prosper Mérimée
(1803-1870)
Comentários
Sim é diferente, bem ao gosto dos românticos. Gostaria de ler o original mas a tradução está boa.
Ando bastante atarefado e meio ausente dos caminhos virtuais.
Visitar- te -ei em breve.
Abraços ! E obrigado pela visita ;)