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Mostrando postagens de julho, 2013

La Guzla : O vampiro

Nos pântanos de Stávilla Onde o sangue fervilhava, Vê aquele cadáver? Não é um filho da Iliria, É um bandoleiro cheio de ira Que enganando a doce Maria, Dizimava, urdia, queimava . Uma bala atravessou o coração Do bandoleiro, qual um furação. Em sua garganta, vê-se um iatagã, Mas há três dias, ó mistério! Sob o pinheiro ermo e funéreo Seu tépido sangue irrigava a terra E escurece o pálido Ovigan. Seu olho azul para sempre acendeu Fujamos todos! Infeliz do sandeu Que atravessa  o pântano ao léu, É um vampiro! O lobo pardacento Afastou-se do cadáver pestilento, E, no cume calvo e atento, O funebre vampiro se escondeu . Prosper Mérimée (1803-1870)