Lâminas*
mimetizara seus movimentos ,em sequências e tremores O grotão que lhe servia de refúgio era escuro e úmido. Na maior parte do tempo liberto dos raios solares. Estes surgiam em determinadas épocas. De certa forma isto lhe regulava os hábitos. A rigor, não via realmente, seu mundo era reduzido a uma delicada tonalidade de ambíguos cinzas. Sentia melhor as vibrações da mãe-terra. Ela lhe dizia o que fazer, quando e onde. Havia chegado à hora. Cinza claro e tremores sutis. Com um movimento de chicote mexeu o corpanzil. Cada anel encouraçado do corpo arremeteu em direção as bordas da caverna. Emergiu numa tonalidade gélida. “Ouviu” as vibrações ao redor. Silêncio. Estendeu seus tentáculos de desconhecidas funções. As couraças aneladas articularam-se. Embrenhou-se na mata em busca da trilha de coníferas. De uma posição privilegiada, ele observava o gigante. Examinou suas armas: lâminas duplas. Um golpe no lugar certo e seria o fim do monstro. O gigante seguia rápido...